FERJJI, 40 anos construindo um Jiu-Jitsu sempre levado a sério

Federação do Estado do Rio de Janeiro de Jiu-Jitsu – FERJJI completou 40 anos de dedicação ao esporte.


Este ano a Federação celebra quatro décadas de conquistas, evolução e comprometimento com a arte marcial que tanto amamos. Desde a sua fundação, a FERJJI tem sido uma força motriz na promoção do Jiu-Jitsu no Rio de Janeiro, tornando-se uma referência mundial.

Grande Mestre Fernando Pereira

Nesses 40 anos, a FERJJI demonstrou um compromisso inabalável com o desenvolvimento do esporte, a formação de atletas excepcionais e a organização de competições memoráveis.

Seu trabalho incansável e paixão pelo Jiu-Jitsu criaram um legado de excelência que inspirou gerações de praticantes e entusiastas.

À medida que olhamos para o futuro, temos a certeza de que a FERJJI continuará a desempenhar um papel crucial no crescimento e desenvolvimento do Jiu-Jitsu no estado do Rio de Janeiro. A sua liderança, visão e compromisso constante são os alicerces que sustentam a nossa comunidade e que a leva a ser forte em seus ideais.

2023 é um ano para celebrar todas as vitórias, os desafios superados e as amizades fortalecidas ao longo dessa jornada. Vemos o compromisso da FERJJI em promover os valores do respeito, disciplina e superação, moldando não apenas campeões, mas também cidadãos exemplares.

Grandes Mestres, Mestres e professores

Que esses 40 anos sejam apenas o início de uma jornada ainda mais grandiosa. Continuem a inspirar, inovar e liderar, mantendo o Jiu-Jitsu da terra do cacique Araribóia no topo do mundo.

Feliz aniversário! FERJJI! Que os próximos anos sejam repletos de mais conquistas, aprendizado e sucesso. O Jiu-Jitsu e o Rio de Janeiro têm sorte por ter vocês como guardiões desta arte marcial incrível..

Grandes Mestre, Mestres, Professores

Toda linda história vem acompanhada de muita luta, leia a história da FERJJI pelas palavras de Silvio Pereira, a pessoa que sabe tudo sobre Jiu-Jitsu e ajudou na criação da História do Jiu-Jitsu Brasileiro.

A JIUJITSUBJJ cobriu a cerimônia em comemoração dos 40 anos de fundação da FERJJI no dia 20 de agosto de 2023. A realização do evento foi no prédio da Câmara Municipal de Niterói e contou com a presença de vários Grandes Mestres, Mestres e faixas pretas.

A abertura do evento como sempre foi impecável e as palavras do Presidente Silvio Pereira, que com muita emoção, narrou uma vida e uma história do Jiu-Jitsu Brasileiro.

A narração do Presidente Silvio Pereira é um relato da história do jiu-jitsu do Rio de Janeiro e certamente poucos conhecem essa a real história do jiu-jitsu.  Leiam as palavras de abertura do evento destes 40 anos da Entidade que cresceu aos poucos e foi se moldando ao Jiu-Jitsu que hoje é mundial.

O começo de tudo isso foi no dia 15 de agosto de 1983, nascia a – LINJJI – Liga Niteroiense de Jiu-Jitsu e o resto veio com muita luta e determinação.

Silvio Pereira (centro)

PALAVRAS DO PRESIDENTE DA FERJJI – SILVIO PEREIRA.

“Não são 40 dias, nem 40 meses, já se passaram 40 anos. Quando um grupo de pais de alunos, atletas acompanhando seus filhos se uniram para colaborar com o jiu-jitsu em benefícios de seus filhos.

Dr. Walter Homena, Sr. Ari Campos, Sr. Cleber Pereira, Sr. José Augusto Teixeira Guedes, Sr. José Augusto Tavares Vicente e Silvio Pereira. 

A FJJRIO  estava hibernando, com o falecimento do filho do Mestre Hélio (ROLLS GRACIE)
que caiu de parapente, e os ânimos esfriaram. Mas em uma competição que “rolava”  na AABB Lagoa, organizada pela FJJRIO, notava-se a falta do ROLLS, e um grupo anotava tudo que acontecia. Ao término do campeonato voltamos para academia, juntamos os relatórios, montamos, reorganizamos a competição, encadernamos os documentos e papéis e na semana seguinte estávamos oferecendo ao Mestre Hélio Gracie uma nova proposta para os eventos. 

Perguntamos se ele aprovava e autorizava, mas antemão já tínhamos distribuído os papéis às equipes participantes. Antes do ‘sim’ que veio em seguida, Mestre Hélio Gracie virou para seus pares e naquele jeito próprio, “quem conviveu com ele não esquece” relata Silvio: “Está vendo seus PD&%. eles precisavam vir lá de Niterói, esses caras… Para fazer o que vocês  deveriam ter feito”. E foi distribuído os documentos entre as equipes e a competição aconteceu…. Ao final do dia, ele nos chamou e perguntou, Hélio Gracie fala para Silvio: “vocês querem levar essa papelada para fazer o mesmo para semana que vem”  E com isso, se tinha  estabelecido o primeiro passo… 

Passaram dias e nosso grupo viajou para Mogi Mirim (SP) para competir na “Copa do Sol” realizada pelo Mestre Orlando Saraiva, novamente chegando lá, reorganizamos a competição dele e tudo deu certo. Já tínhamos feito isso em outras praças e com sucesso, nós destacamos duas vezes em Divinópolis (MG).

Na volta de Mogi Mirim, o grupo conversando chega a conclusão que era preciso fazermos alguma coisa para nosso próprio convívio, (acredito que aqui tem testemunha desse fato),  lembro bem que além daqueles parceiros, entre outros, estava o Mestre “Walter Nogueira” (muito íntimo de nosso grupo na época). 

Um estatuto foi rascunhado, coincidentemente com a “batuta” do Mestre “Joventino Gonçalves dos Santos” (não entendia as aspas) da academia de Rocha Miranda “AJG” (colocar o que significa AABB, como nota da revista), Associação J. Gonçalves. Um grupo em São Gonçalo era criado com as mesmas ideias, e lá nosso Mestre, apresentou o trabalho feito, como os objetivos que eram os mesmo e resolvemos juntar os grupos. 

Assim dando prosseguimento, aconteceu no dia 18 Julho no Sindicato dos Operários Navais, no Barreto, a reunião dos grupos quando foi  criado o “Grupo de Implantação da LINJJI”.  Assim composto:

Um representante de Itaboraí: Professor Ricardo Antônio Alvarenga Rodrigues;

Dois representante de São Gonçalo: Mestre Adir de Oliveira “Índio” e Professor Célio Caneca (hoje Grão Mestre);

Dois representantes de Niterói: Dr. Walter Homena e Silvio Pereira.

Receberam certificação a critério de homenagem aos 40 anos da FERJJI

– José augusto Tavares Vicente
– Ricardo Antônio Alvarenga Rodrigues
– Joventino Gonçalves dos Santos

Joventino Gonçalves Santos

A questão era: Teremos despesas, quem vai bancar? Respondi ao interlocutor: “nós cotizamos!”. Ainda lembro o português Carlos Gomes, que dava aulas de judô no Instituto Abel, em tom de brincadeira para descontrair, sacar uma moeda do bolso: “aqui já vai a minha parte”.

Havia uma preocupação muito grande na expectativa do Mestre Hélio Gracie discordar e acabar com a brincadeira. Veio a precaução, por sugestão do Mestre ADIR DE OLIVEIRA, na época Presidente da Federação de Luta Livre e Greco Romana, ficou decidido que na hipótese de reação negativa do Mestre Hélio, faríamos a Liga subordinada a Federação de Lutas. 

O primeiro sucesso. Levamos a papelada ao Mestre Mansor,  o motivo que justifica nossa grande admiração pelo Grão Mestre Francisco José Mansor, desde aquela época.  Logo de imediato Francisco Mansor liga para o “Tio Hélio” e a nossa grande satisfação, sem pestanejar, Hélio Gracie aprova a ideia.  Porém, ele já conhecia nosso grupo.  

Retornando a Niterói, a felicidade foi geral. Mãos à massa e no dia 15 de Agosto 1983, em assembleia no Canto do Rio Foot Ball Clube era fundada a LINJJI.

E assim veio a primeira competição da Taça Cidade de Niterói, competição com a nossa cara.

Os professores das academia do Rio de Janeiro, correram ao Mestre Hélio e questionaram sobre participarem conosco. O Mestre alertou, “podem participar, creio que nós também iremos, mas fiquem sabendo. Lá vai ter ordem, disciplina, se preparem”, e assim foi dada a partida para nossa trajetória.

Queríamos promover melhor qualidade aos profissionais de jiu-jitsu, e ao mesmo tempo fazer eventos para a criançada. Eram raras, pouquíssimas competições…

Criamos nosso lema, JIU-JITSU LEVADO A SÉRIO!!! 

E estabelecemos um princípio básico:

“Não vamos nos reunir para falar de quem não fez. Nem nos reunir para falar de quem fez errado. Se achamos que alguém não fez, façamos nós e se acharmos que alguém fez errado, vamos fazer diferente para tentar acertar”

Com certa tristeza, vejo os princípios esportivos jogados no lixo, quando por instrução da própria lei dos esportes que permite em nosso Estado, temos dezenas de entidades de Jiu-Jitsu seguindo a cartilha da CBJJ que tem hoje em sua direção um advogado.

Se transformando em simples empresas de promoção de competição facilitando assim as aberrações que estamos expostos em promoções absurdas, ensinamentos errôneos, técnicas desprezadas e a essência do jiu-jitsu como arte suave ignoradas, difícil uma academia ministrando o básico, defesa pessoal.

Por outro lado, a situação socioeconômico induz atletas graduados, professores mal formados, criarem projetos sem estruturas, produzindo um jiu-jitsu de baixa qualidade.
E criando apelidos para posições e quedas. 

Hoje, os professores antes de inscrever seus alunos/atletas nas competições querem saber quanto vai ser o repasse, diante da atual situação socioeconômico para levantar “um qualquer”, está valendo até colocar graus em faixas brancas como meio de sobrevivência. Entendo.

Com ajuda de Paulo Ayres (na época Paulo Negão) e de Ricieli Santos, que com seus conhecimentos conseguiam apoios, atravessávamos a Baia de Guanabara e fazíamos competições para todos os lados, sempre levando o nome da FJJRio que pretendíamos levantar.

Copas e marcas como: 

Copa Lightning Bolt –  Alfaces  –  Armazém dos Esportes – Copa Company (a primeira competição que distribuiu camisas para todos atletas) – hoje todos os campeonatos, tem suas camisas a venda.

A Escola de Educação Física do Exército, a AABB, o Carioca Esporte Clube, o Clube Militar, o Clube Municipal, o Maracanãzinho, o Mello Tênis Clube (onde começava nos unir com a Academia Mônir reduto do Clã do Mestre Oswaldo Fadda que tinha o Mestre Munir a frente).

Nosso primeiro legado significativo, a volta do relacionamento GRACIE x FADDA  (lembro na Copa Company o Mônir me questionou, “Silvio como nós podemos participar?

Como será que os Gracies vão nos receber? O que fui claro na resposta, –
Com esportividade (o jiu-jitsu é para todos) (já tinha ocorrido uma situação semelhante quando fizemos a Copa Mello, que o Munir pergunta “poxa Silvio, como você vai fazer uma competição em nosso quintal e eu estou de fora?”, respondi porque você quer. coloque as sandálias da humildade e se inscreva, ele questionou “ as inscrições terminaram”. Respondi,  se você trouxer as inscrições aqui na Marinha?, está inscrito. No dia seguinte estava lá com toda a documentação que precisava, era a primeira competição unindo os grupos.

Nossos objetivos começaram a se ampliar, quando criamos a 

Classe mirim, os meninos somente lutavam com idade acima de 07 anos. Agora já passaram a competir aos 04 anos. 

Outra coisa, jiu-jitsu não era para mulher é só para homens, criamos as categoria feminino e fizemos o Torneio das Rosas, me lembro do próprio Mestre Hélio Gracie se curvando a novidade. 

Professores mais velhos não lutavam porque se quisessem brincar teriam de pegar atletas de 18 anos com todo vigor físico, criamos as classes master. 

A condução das lutas além com um árbitro e tinha três bandeirinhas que na maioria das vezes davam uma olhadinha para seu companheiro para levantar a bandeira, criamos as cabines de jurados fazendo com que  um não veria o outro na hora de levantar a bandeira com a decisão da luta.

As papeletas de jurados era uma folha A4, reduzimos para meia folha, dividimos em quatro e em por fim em oito partes, 

Um  cidadão de Goiás criou o placar manual com as plaquinhas, junto com o Carlinhos trouxemos, inclusive já tinha encomendado, quando o Carlinhos lançou o Código Brasileira Disciplinar de Jiu-Jitsu e nesse dia veio ele com a novidade, “Silvio comprei uns placares mas não sabia que cada caixa tinha dois ai comprei a mais, do que o necessário”, falei para ele eu também encomendei vou falar com o fabricante se concorda de vc passar os excessos pra mim e assim resolvemos a questão.

Depois disso, em Araxá MG, conheci um técnico em eletrônica que tinha criado  um placar eletrônico, gostei e trouxe para nosso uso. Outra ocasião no Mineirão, vejo a Liga Brasileira usando um placar utilizando Televisores, ao montar para nosso uso. Surgem inúmeros fabricantes e passam a ser usados os placares que todos usamos hoje. 

Já tivemos diversos questionamentos, duvidando do nosso trabalho. Certa vez em um domingo pela manhã, fui visitado por um fiel dirigente e amigo e mesmo assim, queria saber o que fiz com um pequeno pagamento feito a quase um ano atrás, sem contestar, peguei o livro caixa que tínhamos na época, olhamos o livro, e achamos de fato um mínimo valor. Creio até hoje, que foi um amigo meu que o induziu a tal atitude de questionamento e tenha pensado que fui comprar pão para meu sustento.

Mais recentemente, quando realizamos uma competição com sucesso, três professores, me colocaram na parede querendo “um qualquer” porque alegaram que eram “profissionais” o que me obrigava a lhes  passar algum dinheiro.

Professor de jiu-jitsu nunca tiveram Diplomas, nem mesmos os oriundos dos Gracie, a LINJJI conseguiu emitir os primeiros Certificados de Técnicos,  reconhecidos pelo MEC, que na época eram responsáveis pelos esportes, quando os profissionais de jiu-jitsu só possuíam diplomas de competições 

Outra situação inusitada. Marcam uma assembleia para eleger uma nova diretoria da FJJRio. Em uma reunião conturbada (tinham rádio patrulha, delegados, e uma multidão) onde o Mestre Robson concorria com o Mestre Hélio à presidência, as duas únicas entidades regulares na reunião era a LINJJI e o Mello Tênis Clube, o Robson trouxe uma procuração de clubes que já nem existiam mais, e o pior, escreveu a mão livre dois outros clubes, rasurando a procuração.

Como representante de uma das entidade legais, me coube a presidir a assembleia e com habilidade, consegui induzir ser feitas duas urnas, uma onde seriam colocados os votos das entidades legalizadas e outra com os do Robson, aceito, claro que uma urna teve dois votos para o Mestre Hélio e a outra (ilegal) todos para o Robson que só ele votou por todos os clubes, alguns inativos a anos, para finalizar, sugeri levar a situação para a Secretaria de Esportes optar, aceito por unanimidade, isso gerou uma intervenção na FJJRio, o interventor designado foi o Mestre Álvaro Barreto. Para encerrar o assunto foi como o Mestre Robson se elegeu assumindo a Presidência da FJJRio até dias antes de seu falecimento.

Fomos a primeira entidade a valorizar nossos mestres quando criamos o SUCOME (Supremo Comitê Emérito da FERJJI) reconhecendo Mestres como Paulo Francisco Romito, Carlos Robson Gracie, Francisco José Mansor, etc. os Mestres eram menosprezados, esquecidos, eram como peça de museu, não achávamos certo, e com a ajuda do Dr. Luiz Carlos Fernandes (outro guerreiro pelas cores da FERJJI) que nos deu amparo jurídico, criamos e hoje consagrado em nosso estatuto o SUCOME.

Órgão exclusivo para mestres que mantém relação com a FERJJI, filiados,  com serviços prestados, comprovado isso, para ser admitido é necessário de pelo menos três avaliação de Chanceleres do SUCOME.

Por três vezes selecionamos lutadores e levamos para Abu Dhabi (Emirados Árabes) atletas brasileiros para participar do Mundial de Abu Dhabi, consagrando Rodolfo Vieira, primeiro atleta a ganhar o cinturão do absoluto em 2011, repetindo o feito em 2012, Gabi Garcia e Bia Mesquita. Esse privilégio em ser responsável por levar essa delegação, deu-se única e exclusivamente por reconhecimento da honestidade do trabalho que realizamos.

Nesses quarenta anos não foram poucas as pressões, o mestre Robson apesar de sempre estarmos a disposição para tudo que precisou, além de ser o responsável indireto para o ingresso dele na Presidência da FJJRio, foi o que mais pressão fez a FERJJI, quando o Celio Caneca assumiu a presidência da LINJJI, ele distribuiu entre as academias uma nota denegrido a Liga dizendo que estávamos em débito com a Federação e que não poderíamos mais atuar, preocupado o Mestre Caneca me procurou no Ministério da Marinha querendo saber o que fazer, orientei a ele chegar sem avisar na federação e pedir o valor da dívida e pagar, que aí ele não poderia mais continuar. Em outra ocasião saiu com a proibição de que a LINJJI não poderia realizar competições fora no município de Niterói porque éramos municipal, sem delongas criamos a LERJJI, passando sermos estadual, enfim, foram muitas as pressões.

A primeira vez que o Royler Gracie foi para os Estados Unidos, o Presidente da FERJJI na época era o Mestre Célio, que me procurou na Marinha, para ajudar a expedir um documento que facultasse a ele ingresso na país, criamos um documento em português e inglês para resolver o problema dele.

Certo dia recebo um telefonema da Mestra Ivone Duarte, direto do Congresso Nacional onde ela trabalhava, dizendo ter sido aprovado uma lei que consagrava o profissional de educação física, achava ela seria interesse para quem trabalha com jiu-jitsu, não existia internet ainda, manda ela por fax. Levo ao Carlinhos (CBJJ) ele titubeia dizendo que “iria aguardar para ver como ficava”, levei ao Mestre Robson (FJJRio) que retruca, “isso é coisa do Steinhilber, ele é um estelionatário eu vou e f3d3r… ele”.

Passaram-se dias e o Professor Juarez Soares me perguntou “e aí Silvio você precisa fazer alguma coisa”. Como sempre encarrei de frente procurei o CREF, por duas vezes fui ignorado, na terceira tomei a atitude de pedir uma audiência, quando resolveram me atender, com inúmeras exigências. Inclusive que apresentasse uma relação de todos profissionais de jiu-jitsu que teriam direito. Uma semana depois estava apresentando a documentação exigida, e assinando um Convênio que nos daria o direito de realizar cursos de provisionados. Foram cinco turmas porque a lei dava cinco anos para que os que tinham direito tomassem as providências. São muitos profissionais de jiu-jitsu que têm hoje seus registros no CREF, inclusive no último ano o CREF pediu para incluir na última turma, profissionais de Surf, de dança, judô e outros que conseguiram seus registro através de nosso trabalho.

Fizemos um Projeto chamado de “Sonho Olímpico” que esbarrou no desinteresse, e nas maneiras como as entidades de jiu-jitsu funcionam em nosso país totalmente diferente dos critérios do COB. Não sei se um dia vamos conseguir isso. 

A FERJJI, Nascemos LINJJI mas entre algumas pressões o Presidente da FJJRio, tentava nos perseguir, e tentou impedir de que fizéssemos competições fora de Niterói alegando sermos municipais, ignorando que estava naquele cargo graças a inúmeras ações de nossa humilde entidade, a solução foi transformarmos em LERJJI, sendo estadual jogava a baixo aquele argumento, o Mestre Robson nos vendeu caro, compareceu na Assembleia com seu fiel escudeiro da época o Mestre Walter Nogueira com a missão de impedir nosso objetivo, foi preciso uma argumentação de respeito e prova documental jurídica, para concluirmos nossa missão, mas assim mesmo ficou enlouquecido atrás da ata da assembleia correndo de cartório em cartório, imagino com receio do que constava em ata, porque durante a assembleia teceu críticas condenáveis contra o Presidente da CBJJ.

Seu irmão Carlos Gracie, e contra o presidente  do CONFEF, me lembro ainda até mesmo de seu escudeiro que estava ali presente calado a ouvindo a tudo, embora tivesse se apresentado como representante da CBJJ e da FJJRio, mas em vez de joga-lo ao leões, somente registrei sua presença, enaltecendo sua presença, sem citar sua falácia.

Ninguém aqui já viu alguém jogar pedras em árvores que não dão frutos, por isso que por diversas vezes alguém menos instruídos ou menos avisados tentam denegrir nosso trabalho ou do presidente. Eles pensam que me enganam e eu finjo que acreditar está sendo enganado. Não tenham dúvidas, as coisa que os levam a tais atitudes, são: – a vontade de estar em nosso lugar, o que a ignorância ou a falta de competência os impede ou muitas vezes porque nasceram depois do início dessa história. É comum as pessoas só darem valor quando perdem a oportunidade de conquistar o que desejam.

Porque a FERJJI? outra história interessante, reclamavam nossos parceiros do distanciamento entre a LERJJI e a CBJJ quando outrora éramos tão parceiros.
Procurei o Carlinhos, foi difícil o localizei, finalmente o achando se prontificou a atender nossas reivindicações, bastava pedir por e-mail, isso foi feito num documento dividido em duas partes, a primeira nossas reivindicações e a segunda passando para ele uma relação de detalhes que julgava necessário a Confederação agir, ele se calou e desapareceu, fui até ao Ministério dos Esportes, quando deparei com uma grande surpresa, lá o Carlinhos não tinha mais a representatividade da CBJJ, a titularidade era de um advogado. O procurei que nem agulha num palheiro e nada. Até que recebo um telefonema dele, que foi enfático e decisivo.

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“O Carlinhos não detinha mais nenhuma ingerência na CBJJ, que agora tudo era com ele, que eu esquecesse aquele relacionamento do passado, que eu poderia fazer o que quisesse, que eles nada queriam com o Ministério dos Esportes e que nada queriam com Federações, clubes, academias, nem mesmo com professores, tudo agora era direto com atletas e por e-mail, pedi um telefone para novos contatos e decididamente afirmou que não usava mais telefones que estava usando só o “Skype e que eu fizesse o que quisesse”. 

Acho que fizemos o certo, fundamos a  Federação do Estado do Rio de Janeiro de Jiu-Jitsu, estritamente dentro do que estabelece a Lei 9.615/1998, diga-se de passagem prestes a ser substituída estando rolando no Congresso Nacional a PL 1.825/2022 com muitas alterações. 

Nesses 40 anos nosso legado é imenso, afirmo dizer que o jiu-jitsu tem duas fases distintas, antes e depois da LINJJI. Tivemos participação na reforma do Regulamento de Regras, fato comprovado quando o Presidente da CBJJ faz agradecimento ao nosso trabalho ao final do Livro de Regras original.

hoje muito mais prático e com a continuação do trabalho realizado pelo Carlinhos é hoje utilizado por todos os segmentos do jiu-jitsu e inclusive copiado por muitos que até plagiam se dizendo autores. 

Nunca achamos que a FERJJI é a certa ou a melhor, só temos certeza que estamos alinhados com a legislação, quando temos toda a documentação, as certidões exigidas por lei, etc.

Nossos feitos durante esses anos nos credenciam em todos os segmentos do jiu-jitsu aqui, no país e no mundo.

A uma confederação a Lei determina a necessidade de pelo menos 3 federação de base, a uma Federação pelo menos três agremiações (clubes esportivos), lembrando que academia não se enquadra como agremiação, razão que a algum tempo atrás, transformamos em entidades esportivas algumas academias, entre elas o Clube Paes, a Artlivre que fazem parte juntos a outras agremiações a base da FERJJI, sendo que três outras optaram por se afastar cada uma por seus motivos distintos. E hoje os clubes bases da FERJJI são:

“Art. 3º de nosso Estatuto – São considerados fundadores da FERJJI – Federação do Estado do Rio de Janeiro de Jiu-Jítsu – as seguintes agremiações:

– Canto do Rio Foot-Ball Club;
– Fonseca Atlético Clube;
– Fluminense Atlético Clube;
– Associação Beneficente de Subtenentes e Sargentos da PMERJ;
– Clube Condor de Jiu-Jitsu;
– Clube Paes de Jiu-Jitsu;
– Art Livre Brazilian Jiu-Jitsu;
– Clube Comary;
– Esporte Clube Garnier.”

Podíamos continuar mais um pouco, mas acho que já deixamos registrado a razão da presença dos senhores com reconhecimento público ao trabalho dessa entidade já
b
alzaquiana.
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Ferjji

É uma história e tanta para uma entidade, não são 40 dias, 40 meses são 40 anos de guerra e muita determinação nesse trabalho que o presidente da FERJJI – Silvio Pereira, termina seu discurso emocionado e após os começa a cerimônia de entrega de diplomas, reconhecimentos de Mestres e professores dos 40 anos da entidade.  vídeo do evento.

André Vianna – Jiujitsubjj

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