O advogado Cláudio Dalledone, é o defensor do policial Henrique Velozo, relata estranhar as divulgações pela mídia das imagens do PM em casas noturnas, supostamente depois dos fatos.
Segundo Cláudio Dalledone, “Estas imagens precisam ser juntadas aos autos para que a defesa possa fazer uma análise e, se necessário, até solicitar uma perícia. A defesa não vai permitir que se criem conclusões precipitadas, pré-julgamentos. É preciso ter cautela para que haja um julgamento justo. Relata Dalledone,
Delladone pediu à Polícia Civil que faça exames complementares no corpo do Leandro Lo e fez uma petição endereçada ao delegado do 16º distrito Policial de São Paulo para que o IML verifique o nível de alcoólico de Leandro Lo, assim como a existência de outras substâncias, e ainda, seja realizado exame complementar de alcoolemia da vítima e no que se refere ao exame toxicólogo já determinado por Vossa Senhoria, e que seja especificada a pesquisa laboratorial para anfetaminas, codeínas, metanfetaminas, ecstasy, EPO (doping sanguíneo), heroína, morfina, cocaína, crack, HGH (hormônios de crescimento), S1 (anabolizantes) e S6 (estimulantes)”, contendo em um trecho da petição.
“Vamos indicar assistentes técnicos que acompanharão as análises periciais e apresentarão quesitos técnicos a serem respondidos pelo Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal. A defesa irá acompanhar de forma muito diligente todos os atos de investigação do inquérito policial e ainda realizar uma investigação defensiva para que nenhum factoide e nenhuma lenda assuma a direção deste caso criminal. Tudo deve ser apurado e cada um responderá por suas responsabilidades. Para isso, a defesa não poupará esforços jurídicos e legais para fazer com que a verdade seja reestabelecida”, disse Dalledone.
O advogado da família de Leandro Lo, Ivã Siqueira Júnior, lembrou que, via de regra, o inquérito policial é um documento público e pode ser acessado por qualquer cidadão.
“Em alguns casos, a autoridade policial ou a Justiça pode colocar sob sigilo para proteção de uma parte vulnerável, por exemplo, ou conforme a conveniência da investigação, mas até o momento isso não aconteceu no caso específico. Então qualquer pessoa, inclusive os jornalistas, podem ter acesso”, disse.
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Segundo o Ivã Siqueira, os fatos novos divulgados pela imprensa não serão comentados pela família. “Por ora, até em respeito à família, que ainda está muito abalada com o que aconteceu, vamos só reforçar aquilo que já dissemos.”
De acordo com testemunhas, o lutador de jiu-jítsu estava com cinco amigos no clube, quando o policial, que também pratica artes marciais, se aproximou e começou uma provocação, pegando as bebidas que estavam na mesa. Leandro reagiu e pediu que ele deixasse o local. Segundo o advogado, durante a discussão, Leandro foi “peitado” pelo Policial, por isso o imobilizou com técnicas de jiu-jítsu. Após se afastar, o policial sacou a arma e atirou.
Conforme o advogado, testemunhas relataram que o agressor ainda teria chutado duas vezes a cabeça de Leandro, já caído. Leandro foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, mas não resistiu. Reprodução/redes sociais
PM será julgado como ‘assassino’, diz governador
Na segunda-feira(15) o governador de São Paulo Rodrigo Garcia disse que “o Policial será julgado como um assassino”. Rodrigo Garcia respondia a um apelo feito em rede social pela mãe do Leandro Lo, Fátima Lo, que pedia a expulsão do acusado dos quadros da Polícia Militar.
“O policial está preso, já abrimos um procedimento disciplinar, o salário dele já está suspenso e não tenho nenhuma dúvida que vai terminar o processo disciplinar com a expulsão dele que não é policial, é assassino”,
afirmou o governador, em sabatina do Valor, O Globo e CBN.
Henrique Velozo foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio doloso qualificado por motivo fútil, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que também afirmou que a Polícia Militar abriu uma apuração administrativa para investigar o caso.
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